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Verão é o mais seco desde 1995

20/03/2018 11:15 - Terça-feira

O verão 2017/18, que se encerra hoje às 13h15, é o mais seco da série histórica de dados do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo, que se iniciou em 1995. Com 413,4mm acumulados em média na cidade de São Paulo, a estação teve chuva 38% abaixo do esperado de acordo com o histórico de precipitação dos verões aferido pelo CGE, que é de 666,7mm.

A estação, que começou às 14h28 do dia 21 de dezembro, transcorreu sobre a influência de um fraco evento de La Niña, que é o resfriamento anômalo das águas superficiais do Pacífico Equatorial. “Não é possível estabelecer relação direta entre a La Niña e a baixa quantidade de chuvas, pois elas dependem de vários outros fatores no Sudeste, inclusive da temperatura do Oceano Atlântico. Entretanto, a La Niña contribui para a irregularidade das chuvas na estação nessa região”, explica Michael Pantera, meteorologista do CGE.

No ranking dos verões mais chuvosos estão os de 1995/96 (922,4mm), 1998/99 (876,1mm) e de 2009/10 (846,0mm). Já os verões mais secos (fora este) foram os de 2007/08 (526,6mm), 2000/01 (537,7mm) e 2002/03 (560,1mm).

As temperaturas máximas e mínimas no verão deste ano permaneceram dentro da expectativa. Durante toda a estação os índices de umidade relativa do ar mantiveram-se fora dos níveis críticos.

Mês a mês

Dezembro de 2017 foi o 5° mais seco da série histórica do CGE, que compila dados desde 1995, enquanto janeiro de 2018 foi o 4° mais seco do histórico. Já o mês de fevereiro foi o mais seco dos registros do CGE, ficando 70,4% abaixo do esperado. O mês de março também está transcorrendo com chuvas um pouco abaixo da média até o momento.


Previsão para o outono

O outono é uma estação de transição entre o verão, quente e úmido, e o inverno, frio e seco. No decorrer dessa estação, que começará hoje às 13h15, podemos esperar uma gradual diminuição no volume e na frequência das chuvas. A queda das temperaturas também ocorre de forma gradativa em função de noites cada vez mais longas e maiores incursões de massas de ar frio de origem polar.

Durante os meses de setembro e outubro de 2017 houve a intensificação do resfriamento do Oceano Pacífico Equatorial. Entre o final de outubro e começo de novembro ocorreu o acoplamento das condições oceânicas e atmosféricas que possibilitaram o surgimento do fenômeno La Niña de fraca intensidade. Os padrões de temperatura da superfície do mar para o trimestre março-abril-maio dos modelos numéricos de previsão climática indicam a continuidade das águas mais frias sobre do Pacífico Equatorial Leste, associada ao fenômeno La Niña. Porém, as últimas previsões feitas no início de fevereiro apontam para uma maior probabilidade de que o trimestre tenha uma situação de neutralidade, que deve permanecer até os meses de outubro a novembro de 2018. “Dessa forma, esperam-se chuvas e temperaturas em torno da média para a próxima estação em São Paulo”, analisa Pantera.

Previsão para os próximos dias

Um sistema frontal se propaga para o litoral fluminense e os ventos passam a soprar do quadrante sul, amenizando um pouco as temperaturas. As chuvas seguem ocorrendo na forma de pancadas concentradas no período das tardes.

A quarta-feira (21) deve apresentar maior nebulosidade, devido aos ventos úmidos que passam a soprar do oceano. Mesmo assim, o sol aparece entre nuvens e favorece a gradativa elevação das temperaturas no decorrer do dia. Os termômetros devem variar entre mínimas de 21°C e máximas de 29°C. As chuvas ocorrem na forma de pancadas que devem se concentrar no período da tarde.

Na quinta-feira (22) o sol aparece entre nuvens e favorece a elevação das temperaturas. As mínimas oscilam em torno dos 19°C, enquanto as máximas podem chegar aos 27°C. No final da tarde as chuvas retornam na forma de pancadas isoladas para a capital paulista.


São Paulo tem a tarde mais quente do ano com 33,9°C

15/03/2018 14:02 - Quinta-feira

Segundo dados das estações meteorológicas automáticas do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo, a tarde desta quarta-feira (14) registrou a temperatura máxima mais alta do ano, do verão e do mês de março, com 33,9°C de média na Cidade. 

No bairro do Butantã, Zona Oeste, esse valor foi ainda maior com 35,3°C. Anterior a esse dado o dia mais quente do ano e do verão, havia ocorrido em 09 de fevereiro com 33,8°C. Já a maior temperatura do mês de março ocorreu no dia 02 com 32,6°C.

"Amanhã ainda podemos ter um novo recorde de temperatura máxima, porém essa condição muda na sexta-feira (16) que deve apresentar aumento de nebulosidade e chuvas mais generalizadas, sendo assim as máximas sofrem ligeira queda e já não há condição para novos recordes", explica o meteorologista do CGE, Thomaz Garcia. 

"A quinta-feira (15) será mais um dia de sol forte e muito calor. Por conta disso, entre o meio da tarde e as primeiras horas da noite, áreas de instabilidade se formam e causam pancadas de chuva, acompanhada de descargas elétricas e rajadas de vento. Há potencial para formação de alagamentos", comenta Thomaz. Os termômetros oscilam entre 22°C ao amanhecer e 34°C no meio da tarde.

Na sexta-feira (16), o sol aparece entre muitas nuvens pela manhã. No decorrer da tarde, a combinação de tempo abafado e propagação de uma frente fria ao largo do oceano, na altura do litoral paulista, aumenta o potencial para chuvas fortes e volumosas na Capital e municípios vizinhos. As precipitações podem vir acompanhadas de trovoadas e rajadas de vento. Mínima de 21°C e máxima de 29°C.


Fevereiro foi o mais seco desde 1995

01/03/2018 11:57 - Quinta-feira

A cidade de São Paulo registou apenas 64mm de chuva em média neste mês de fevereiro, de acordo com os pluviômetros do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE). O índice ficou 70,4% abaixo do esperado (216,4mm) e configura o mês de fevereiro mais seco desde o início da série histórica do CGE, que compila dados desde 1995.  

Vale observar que o mês de janeiro de 2018 foi o 4° mais seco da série histórica, ficando quase 30% abaixo do esperado de acordo com a média, e dezembro de 2017 foi o 5º menos chuvoso do período. Desde setembro de 2017, apenas o mês de novembro teve chuvas acima do esperado.

“O padrão de chuvas deste verão continua muito irregular no Leste Paulista e, no geral, muito abaixo da média para a estação na capital. A circulação nos médios e altos níveis da atmosfera vem colaborando para este fato, pois a conexão da umidade proveniente da Amazônia com o Sudeste ficou restrita mais ao norte da Região, mantendo a chuva frequente e acima da média em algumas áreas dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais”, explica Thomaz Garcia, meteorologista do CGE.

Dos 33 pontos monitorados pelos pluviômetros e estações meteorológicas automáticas do CGE na capital, os que receberam os maiores índices acumulados de chuva foram os de Freguesia do Ó (104,9mm) e Vila Prudente (101,1mm). As áreas menos chuvosas foram Cidade Ademar (38,9mm) e Jabaquara (40,7mm).

Na divisão por regiões, os índices pluviométricos médios foram maiores no Centro (72,7mm), Zona Norte (70,3mm), Zona Leste (67,9mm), Zona Sul (55,5mm) e Zona Oeste (52,8mm).

Dos 28 dias de fevereiro, 16 registraram chuva. O dia com maior acumulado médio na cidade foi o dia 26, com 42,1mm, que foi o dia mais chuvoso do verão 2017/2018 até o momento. 

Fevereiro é, segundo dados históricos do CGE, o segundo mês mais chuvoso do ano em São Paulo. Para fins de comparação, os meses de fevereiro com maiores índices foram os de 1995 (415,9mm), 1999 (339,3mm) e 2000 (286,1mm). Já os fevereiros mais secos anteriores a este foram os de 2005 (116,2mm), 1997 (117,0mm) e 2003 (129,6mm).

Temperaturas 

As médias das temperaturas máximas e mínimas ficaram abaixo do esperado de acordo com as médias históricas do mês. A média das mínimas ficou em 18,5°C e a média esperada para o mês era de 19,8°C. Já a média das máximas foi de 27,6°C, enquanto a média histórica é de 29,8°C.

Quanto à umidade relativa do ar, não houve dias com níveis críticos. De modo geral, os índices mínimos ficaram entre 40% e 60% na maior parte do mês.

Tendência para março e para os próximos dias

Para o mês de março, a tendência é que na região de São Paulo as chuvas continuem irregulares, seguindo o que foi observado na maior parte deste verão. 

Os próximos dias devem ser quentes e com chuva.

A sexta-feira (02) será mais um dia típico de verão. Entre o meio da tarde e as primeiras horas da noite, o calor e a grande disponibilidade de umidade geram nuvens carregadas que provocam chuva forte com potencial para alagamentos. As precipitações acontecem acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento. Mínima de 21°C e máxima de 30°C.

No sábado (03) o tempo permanece abafado e instável. Há potencial para precipitações com intensidade moderada a forte e formação de alagamentos, principalmente no período da tarde. Os termômetros oscilam entre 20°C e 28°C.

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