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Inverno é o 9º mais seco desde 1995

24/09/2018 10:26 - Segunda-feira

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo, o inverno de 2018 foi o 9º menos chuvoso da série histórica, que compila dados desde 1995. Com apenas 101,8mm registrados, este é até o momento o terceiro inverno consecutivo com chuvas abaixo do esperado. As chuvas ficaram cerca de 27,5% abaixo da média, que é de 140,6mm.

A estação, que é a mais seca no Sudeste do Brasil, transcorreu com chuva abaixo da média em todos os meses, exceto agosto. O inverno mais chuvoso continua sendo o de 2009, que registrou 352,3mm ao longo da estação, e o menos chuvoso foi o de 2017, que registrou apenas 61,3mm. 

Vale observar que o inverno de 2017 e o verão passado (2017-2018) foram os mais secos de toda a série de dados do CGE e que o outono de 2018 teve chuvas 12% abaixo do previsto. 

“Com o fim do inverno, a frequência e o volume das chuvas começam a aumentar gradativamente, até o completo estabelecimento das condições de verão, que é a estação mais chuvosa do ano”, explica Michael Pantera, meteorologista do CGE.

Em relação às temperaturas, este não foi um inverno rigoroso. No geral, tanto as mínimas quanto as máximas ficaram acima da média no mês de julho e, em agosto e setembro, ficaram abaixo da média. Não houve frio intenso, apenas dias com temperaturas mais baixas. O dia mais frio da estação foi registrado em 12 de julho, quando a média da cidade foi de 8,4ºC. 

A falta de chuva e os dias ensolarados desde o amanhecer proporcionaram declínio acentuado dos índices de umidade durante as tardes, inclusive com valores abaixo dos 30%. Tanto o dia mais seco quanto a temperatura mais alta do inverno ocorreram em 01 de setembro, com temperatura média máxima de 32,4ºC e média de umidade mínima de 25,6%. 

A persistência de bloqueios atmosféricos por vezes impediu o avanço livre de frentes frias e a formação de nuvens significativas que provocam chuvas. Entretanto, vale ressaltar que este cenário é bastante comum nessa época do ano. Ao todo foram contabilizados apenas 20 dias com chuva nesta estação. Este contexto aumenta as chances de queimadas e incêndios florestais e piora os índices de poluição, levando consequentemente à má qualidade do ar. Os problemas relacionados com a saúde ficam mais evidentes, especialmente as doenças respiratórias.

Previsão para a primavera

A primavera, estação de transição entre o inverno, frio e seco, e o verão, quente e chuvoso, começou às 22h53 do dia 22 de setembro e é marcada por grande variabilidade tanto nas temperaturas como na distribuição das chuvas. É a partir desta estação que se observa um aumento gradativo nas temperaturas e no volume de chuvas, que atinge o ápice nos meses de janeiro e fevereiro (verão). Tardes quentes com umidade elevada costumam produzir temporais localizados, acompanhados de chuva forte, raios, rajadas de vento e até queda de granizo. É comum também na primavera o registro de grande amplitude térmica, ou seja, a diferença das temperaturas máximas e mínimas registradas num mesmo dia, e não são raros registros de recordes de temperaturas máximas durante a estação, marcada por mudanças bruscas nas condições do tempo. A formação de neblina nas primeiras horas da manhã também é esperada nesta época do ano.

“Também são comuns no início da primavera dias com baixos índices de umidade no período da tarde, principalmente em função das temperaturas que começam a ficar mais elevadas enquanto a estação chuvosa ainda não se estabelecer”, completa Pantera.

Neste ano a primavera inicia com neutralidade climática, mas com expectativa da configuração de um episódio de El Niño entre o fim da primavera e início do verão deste ano. Ainda não é possível afirmar se será um episódio fraco ou moderado, segundo os institutos internacionais. Vale lembrar que os impactos do El Niño no Brasil dependem de muitos fatores, como por exemplo a temperatura da superfície do mar em parte do Oceano Atlântico.

 A previsão para a capital paulista é que as temperaturas fiquem acima da média e as precipitações fiquem em torno ou acima da média durante os meses da estação.

Previsão para os próximos dias

A semana segue com sol, temperaturas elevadas e baixos índices de umidade, o que deve manter os problemas com a qualidade do ar prejudicada. A partir da quarta-feira (26) retornam gradativamente as condições para chuvas isoladas no final das tardes. 

Na terça-feira (25) o tempo segue seco e ensolarado, com temperaturas elevadas no período da tarde. Os termômetros variam entre mínimas de 17°C e máximas podem superar os 33°C. Atenção para os baixos índices de umidade e com a qualidade do ar nos grandes centros urbanos.

A quarta-feira (26) segue com predomínio de sol e calor na capital paulista. As temperaturas variam entre mínimas de 17ºC e máximas que podem superar os 32ºC. No final da tarde a chegada da brisa marítima aumenta a nebulosidade e favorece a ocorrência de chuvas rápidas e isoladas na Grande São Paulo.

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