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Janeiro é o mais quente da série histórica em São Paulo

01/02/2019 10:28 - Sexta-feira

O mês de janeiro foi o mais quente da série histórica do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo. De acordo com o aferido pelas 29 estações meteorológicas automáticas do CGE distribuídas pela cidade, a média das temperaturas máximas este mês foi de 32,5°C, 4,1°C acima da média histórica para o período. As temperaturas mínimas também ficaram acima do esperado: a média na cidade foi de 20,3°C, superior em 0,8°C ao aguardado. Assim, este mês foi o janeiro mais quente da série do CGE, que compila dados de temperatura desde 2004. 

O dia mais quente deste mês foi o dia 30, que registrou 35,6°C em média em São Paulo. Nesta data ocorreu também a maior temperatura absoluta (38,1°C), aferida no Itaim Paulista. Para efeito de comparação, o dia mais quente observado pelo CGE desde 2004 foi 19 de janeiro de 2015, que teve média de 36,5°C na cidade e absoluta de 38,4°C, observada no Butantã.

“As temperaturas ficaram elevadas em função do posicionamento de um bloqueio atmosférico que impediu a livre passagem das frentes frias por São Paulo durante um longo período”, explica Adilson Nazário, técnico em meteorologia do CGE. “Fevereiro já começa com o rompimento deste bloqueio, o que traz alívio temporário do calor”, completa Nazário.

Chuva e umidade

As chuvas, que totalizaram 263,7mm, ficaram ligeiramente acima da média pluviométrica observada desde 1995, que é de 258,5mm. Entre os 33 pontos em que os índices pluviométricos são monitorados pelo CGE em São Paulo, os mais chuvosos neste mês foram Santo Amaro, com 356,1mm, Sé/Bela Vista, com 338,9mm e Perus, com 324,5mm. Já os locais com menos precipitações foram Parelheiros, Sapopemba e Aricanduva/Vila Formosa, com 187,7mm, 192,2mm e 204,3mm, respectivamente.

Em relação às regiões da cidade, os índices pluviométricos médios foram maiores no Centro (319,3mm), seguido pelas zonas Oeste (301,8mm), Norte (274,3mm), Sul (257,2mm) e Leste (243,6mm).

Dos 31 dias de janeiro, 27 registraram chuva. A média de dias com chuva para o mês, de acordo com o CGE, é de 24 dias. O dia com maior acumulado médio na cidade foi o dia 25, com 30,4mm, seguido pelos dias 4 (21,6mm) e 17 (19,1mm). 

Vale observar que janeiro é, de acordo com os dados do CGE, o mês mais chuvoso do ano em São Paulo. Para fins de comparação, os meses de janeiro com maiores índices foram os de 2010 (464,9mm) e 2011 (412,5mm). Já os janeiros mais secos foram os de 2007 (131,2mm), 1998 (159,3mm) e 2013 (166,9mm).

A umidade do ar se manteve acima dos valores considerados críticos pela OMS durante quase todo o mês, ficando abaixo desse valor apenas durante pequenos períodos dos dias 28, 30 e 31.

Tendência para fevereiro e para os próximos dias

O mês de fevereiro ainda deve transcorrer sob influência do fenômeno El Niño, que favorece a ocorrência de temperatura acima da média e de temporais nos finais de tarde. Assim, as condições de calor e chuvas persistem em fevereiro, mas com eventuais alívios devido à passagem de sistemas frontais intensos o suficiente para quebrar os bloqueios atmosféricos, como o que deve ser observado neste fim de semana.

A passagem de uma frente fria por São Paulo no domingo traz chuva e diminui o forte calor registrado nas últimas semanas.

O sábado (02) começa abafado, com sol e poucas nuvens na Grande São Paulo e Capital. Os termômetros devem registrar mínimas de 21°C e máximas que podem chegar facilmente aos 35°C. Os índices de umidade do ar ainda permanecem baixos, com os menores valores próximos dos 32%. No final da tarde retornam as condições para a ocorrência de pancadas de chuva, que devem se estender para o período da noite e ser potencializadas pela aproximação de uma frente fria pelo oceano.

No domingo (03) o calor diminui em São Paulo. O dia deve começar com céu nublado na madrugada, termômetros em torno dos 21°C e possibilidade de pancadas isoladas no período da manhã. As chuvas ganham força a partir da tarde e se prolongam para o período noturno, na forma de pancadas com forte intensidade e maior volume de precipitação, o que aumenta o risco de formação de alagamentos e transbordamento de pequenos córregos e rios da Capital. A temperatura máxima deve ficar por volta dos 27°C, enquanto as taxas de umidade do ar variam entre 55% e 95%.

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