Verão deve transcorrer sob influência do fenômeno climático La Niña
19/12/2025 12:31 - Sexta-feira
Segundo
análises dos meteorologistas do Centro de Gerenciamento de Emergências
Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo, órgão ligado à Secretaria
Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), o verão, que começa neste
sábado dia 21/12/2025 às 12h03 horário de Brasília, e termina em 20/03/2026, às
11h45 da manhã, deve seguir sob a influência do fenômeno La Niña, que esfria as
águas do Pacífico Equatorial.
“Na
prática, isso quer dizer que teremos temperaturas próximas do esperado, chuva irregular
e passagem de frentes frias que após provocar precipitações, causam queda da
temperatura. No entanto, eventos pluviométricos e de calor ligeiramente acima do
normal também serão observados, comenta o meteorologista do CGE, Thomaz Garcia.
“O mesmo podemos esperar da umidade relativa do ar, que durante a estação,
costuma registrar valores
médios acima dos 50%, porém, existe a possibilidade de episódios com esses
índices ligeiramente abaixo”, complementa o meteorologista da Prefeitura de São
Paulo.
De
acordo com dados do CGE da Prefeitura de São Paulo, no verão, que compreende os
meses de dezembro, janeiro e fevereiro e termina em meados de março, são
esperados 663,8mm para a capital paulista. Os mais chuvosos, segundo análises
de dados pluviométricos desde 1995, são:
1995/1996:
922,4mm
2018/2019:
894,3mm
1998/1999:
876,1mm
2009/2010:
855,1mm
2014/2015:
790,5mm
Já
os menos chuvosos foram:
2017/2018:
413,4mm
2007/2008:
528,8mm
2000/2001:
545,7mm
2002/2003:
560,1mm
2013/2014:
575,0mm
No verão é comum a passagem de frentes frias e a formação da
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), principalmente em anos de La
Niña. Esses sistemas também são responsáveis por regular as chuvas no Sudeste.
“A Região Metropolitana de São Paulo durante o verão, sofre quase que
diariamente influência da infiltração da brisa marítima associada ao forte
calor no final das tardes, o que contribui para a ocorrência de pancadas de
chuva que atuam com até forte intensidade”, comenta Garcia.
Com
relação as temperaturas, nos meses de verão são esperadas:
Dezembro
- Mínima média: 18,7°C; Máxima média: 28,2°C
Janeiro
- Mínima média: 19,4°C; Máxima média: 28,8°C
Fevereiro
- Mínima média: 19,5°C; Máxima média: 29,3°C
Março
- Mínima média: 19°C; Máxima média: 28,4°C
O
CGE da Prefeitura de São Paulo mantém dados de temperatura na capital paulista
desde 2004 e segundo esse histórico, os recordes já ocorridos dentro do verão,
são:
Mínimas:
Menor mínima média
dia 01/01/2012 com 12,8°C na cidade;
Menor mínima absoluta,
dia 01/01/2012 com 10,2°C em Parelheiros, Zona Sul;
Maior mínima média
dia 04/02/2014 com 24,3°C na cidade;
Maior mínima
absoluta, dia 04/02/2014 com 26,1°C em Santana/Tucuruvi, Zona Norte;
Máximas:
Maior máxima média
dia 02/02/2019 com 36,7°C na cidade;
Maior máxima absoluta
dia 01/02/2019 com 39,1°C Pinheiros, Zona Sul;
Menor máxima média
dias 14/01/2012 e 18/03/2013 com 17,6°C na cidade;
Menor máxima
absoluta dia 14/01/2012 com 13,7°C em Parelheiros, Zona Sul;
Com relação aos
recordes de temperaturas ocorridos em 2025, o monitoramento do CGE da
Prefeitura de São Paulo, têm os seguintes dados:
Mínima
Menor mínima média:
5,3°C em 25/06/2025
Menor mínima
absoluta: -0,7°C em 25/06/2025 na estação Parelheiros-Rodoanel
Maior mínima média:
23,0°C em 21/01/2025
Maior mínima
absoluta: 25,3°C em 17/02/2025 na estação Sé-CGE
Máximas
Menor máxima média:
12°C em 02/07/2025
Menor máxima
absoluta: 9,4°C em 02/07/2025 nas estações Parelheiros-Barragem e
Parelheiros-Marsilac
Maior máxima média:
34,4°C em 06/10/2025
De acordo com a
previsão estendida do CGE da Prefeitura de São Paulo, as recentes simulações
atmosféricas apontam que o primeiro dia do verão, sábado (20), será um dia de
temperaturas agradáveis e sem chuvas na cidade, com mínimas em torno dos 18°C e
máximas em 27°C. O quadro praticamente se repete no domingo (21), que deve
seguir sem chuvas, com mínimas em torno dos 19°C e máximas em 29°C, e com uma
queda na umidade relativa do ar, que deve oscilar em torno dos 40% nas horas
mais quentes do dia.
